PENTHESILIA, dança solitária para uma heroína apaixonada

Procuramos cerca de 30 intérpretes voluntários para este espetáculo de Martim Pedroso que estreia a 30 de Junho no Centro Cultural Vila Flor. O trabalho sobre a tradição é o ponto de partida do workshop que tem a duração de três semanas, incluindo os ensaios e a apresentação final.

O workshop, orientado pelo encenador Martim Pedroso e pelo coreógrafo Stefano Mazzotta, convida a participação dos estudantes de teatro, dança, performance e música e associações culturais/desportivas da cidade de Guimarães para um trabalho performativo intensivo focado no Coro de Amazonas e Gregos da obra.

A nova criação de Martim Pedroso revisita a “Penthesilea” de Heinrich von Kleist a três línguas (português, italiano e alemão). Explora a impossibilidade de encontro entre duas entidades culturais, assim como com os dois planos eternamente conflituais: o da razão e o da emoção, nomeadamente na figura da heroína que reúne diversas entidades, forças e contradições num mesmo corpo.

 

Em cena, soam as vozes de uma haute-lutte entre o belo e o terrível, a sociedade e os afectos. A filosofia mistura-se com a poesia que se mistura com a psicologia porno, num simulacro que é sobretudo a constatação de que os homens dificilmente conseguirão resolver a sua relação com a liberdade: “Each man kills the thing he loves” (Oscar Wilde).

O espetáculo terá em palco a intérprete alemã Nicole Kehrberger, a intérprete portuguesa Carla Bolito, o intérprete italiano Emanuele Sciannamea e o próprio Martim Pedroso. O trabalho vídeo com as atrizes Ana Ribeiro, Cláudia Efe, Gracinda Nave, Margarida Cardeal, Maria Ana Filipe, Paula Só e Sofia Ribeiro assume uma importância estética fundamental no acompanhamento das vozes ao vivo – enfatiza todo o processo de delírio da heroína.

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